Profª Santuza Teixeira
Graduada e mestre em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília
Cursou doutorado em Bioquímica pela Universite de Lausanne, na Suiça,
E realizou pós-doutorado na Universidade de Iowa, nos EUA.
Graduada e mestre em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília
Cursou doutorado em Bioquímica pela Universite de Lausanne, na Suiça,
E realizou pós-doutorado na Universidade de Iowa, nos EUA.
1. Como foi a escolha pela ciência como profissão?
Quando fiz vestibular, não sabia exatamente o que gostaria de fazer e acabei entrando no curso de Química na Universidade de Brasília (UnB). Era um tema que me interessava, mas não muito. Porém, quando fiz minha primeira disciplina de bioquímica, estudando a célula, o DNA, as proteínas, eu me encantei pela área e mudei de curso, transferi para Biologia. Ainda na graduação comecei o estágio de iniciação científica no laboratório, quando comecei a trabalhar com biologia molecular e essa parte toda de seqüenciamento de DNA e clonagem. A partir daí, já muito tranqüila de que era isso que eu queria fazer na minha vida profissional, eu fiz o mestrado e segui para um doutorado no exterior, por meio de um convênio que havia entre o meu laboratório e uma universidade da Suíça. Quando terminei o doutorado e voltei para o Brasil, depois de quatro anos, para a UnB, meu orientador me entregou vários alunos para orientar, considerando-me pronta, uma pesquisadora. Fiquei dois anos em Brasília e decidi fazer um pós-doutorado nos Estados Unidos, o que me deu uma outra visão de fazer ciência, com a oportunidade de comparar o trabalho na Europa e nos EUA. Fiquei novamente quatro anos fora do país, contando com financiamento americano para a minha pesquisa. Após esse período, retornei com o objetivo de ter o meu laboratório e me dedicar a minha linha de pesquisa, foi quando passei no concurso para professora da UFMG.
Quando fiz vestibular, não sabia exatamente o que gostaria de fazer e acabei entrando no curso de Química na Universidade de Brasília (UnB). Era um tema que me interessava, mas não muito. Porém, quando fiz minha primeira disciplina de bioquímica, estudando a célula, o DNA, as proteínas, eu me encantei pela área e mudei de curso, transferi para Biologia. Ainda na graduação comecei o estágio de iniciação científica no laboratório, quando comecei a trabalhar com biologia molecular e essa parte toda de seqüenciamento de DNA e clonagem. A partir daí, já muito tranqüila de que era isso que eu queria fazer na minha vida profissional, eu fiz o mestrado e segui para um doutorado no exterior, por meio de um convênio que havia entre o meu laboratório e uma universidade da Suíça. Quando terminei o doutorado e voltei para o Brasil, depois de quatro anos, para a UnB, meu orientador me entregou vários alunos para orientar, considerando-me pronta, uma pesquisadora. Fiquei dois anos em Brasília e decidi fazer um pós-doutorado nos Estados Unidos, o que me deu uma outra visão de fazer ciência, com a oportunidade de comparar o trabalho na Europa e nos EUA. Fiquei novamente quatro anos fora do país, contando com financiamento americano para a minha pesquisa. Após esse período, retornei com o objetivo de ter o meu laboratório e me dedicar a minha linha de pesquisa, foi quando passei no concurso para professora da UFMG.
2. Suas pesquisas estão hoje direcionadas para qual área?
Voltei para uma área que sempre me encantou que é a biologia molecular e a parasitologia. Comecei a trabalhar com o trypanosoma cruzi ainda na iniciação científica. Fui fazer o doutorado numa área totalmente diferente, no pós-doutorado resolvi cursar num laboratório que trabalhava com um tipo de parasita e quando voltei para a universidade, pela UFMG, decidi seguir uma linha de genômica e de biologia molecular de trypanosoma cruzi, que é uma linha que não estava estabelecida no Brasil naquele momento. Havia uma parasitologia muito forte de um modo geral, mas na biologia molecular isso era muito incipiente. Um dos pontos importantes em ciência é encontrar um nicho onde você possa, por meio de pesquisas, preencher um vazio e contribuir para o desenvolvimento da área. Comecei meu laboratório há 12 anos e ao longo desse período foi necessário ter paciência, até alcançar uma estrutura adequada.
Voltei para uma área que sempre me encantou que é a biologia molecular e a parasitologia. Comecei a trabalhar com o trypanosoma cruzi ainda na iniciação científica. Fui fazer o doutorado numa área totalmente diferente, no pós-doutorado resolvi cursar num laboratório que trabalhava com um tipo de parasita e quando voltei para a universidade, pela UFMG, decidi seguir uma linha de genômica e de biologia molecular de trypanosoma cruzi, que é uma linha que não estava estabelecida no Brasil naquele momento. Havia uma parasitologia muito forte de um modo geral, mas na biologia molecular isso era muito incipiente. Um dos pontos importantes em ciência é encontrar um nicho onde você possa, por meio de pesquisas, preencher um vazio e contribuir para o desenvolvimento da área. Comecei meu laboratório há 12 anos e ao longo desse período foi necessário ter paciência, até alcançar uma estrutura adequada.
3. E qual sua rotina de trabalho?
Gosto muito do trabalho de bancada, mas com o tempo vamos nos dedicando cada vez mais assumindo outras responsabilidades. A rotina integra aulas, muitas horas de administração e algumas horas de bancada ainda.
Gosto muito do trabalho de bancada, mas com o tempo vamos nos dedicando cada vez mais assumindo outras responsabilidades. A rotina integra aulas, muitas horas de administração e algumas horas de bancada ainda.
4. Dá para viver de ciência no Brasil?
Dá para viver, dá para achar bom, dá para se divertir. A ciência nos possibilita ainda algo que para mim é vital: viajar, conhecer outros lugares, conhecer outras pessoas, estabelecer intercâmbios, descobrir o trabalho de outras pessoas, parecido ou não com o seu. É uma escolha para a qual você tem que estar ciente que precisará se movimentar. É impossível fazer ciência fechado em seu mundo, em seu laboratório. Congressos e encontros, no Brasil e no exterior, são fundamentais para você saber o que estão pesquisando e o que se está pensando sobre os temas.
Dá para viver, dá para achar bom, dá para se divertir. A ciência nos possibilita ainda algo que para mim é vital: viajar, conhecer outros lugares, conhecer outras pessoas, estabelecer intercâmbios, descobrir o trabalho de outras pessoas, parecido ou não com o seu. É uma escolha para a qual você tem que estar ciente que precisará se movimentar. É impossível fazer ciência fechado em seu mundo, em seu laboratório. Congressos e encontros, no Brasil e no exterior, são fundamentais para você saber o que estão pesquisando e o que se está pensando sobre os temas.
Não é preciso esperar a universidade para ingressar nesse caminho, pode ser antes, ainda no ensino médio, conhecendo o trabalho de laboratórios, lendo sobre temas que possam a vir te interessar. A maioria das pessoas, contudo, começa mesmo na universidade. Assistir as aulas é muito bom, importante, mas o aluno não pode achar que vai fazer um curso das ciências biológicas e da saúde, por exemplo, sem passar por um laboratório e uma iniciação científica. Para esse jovem ter uma formação completa, ao colocar o pé na faculdade, deve procurar conhecer os laboratórios disponíveis, mesmo que não saiba ainda com o que se quer trabalhar, é preciso conhecer primeiro, para se encontrar.
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