sexta-feira, 3 de junho de 2011

Questão 3 Fichamento (ok)

1º FICHAMENTO - Células-tronco em Odontologia

SOARES, A. P; KNOP, L. A. H; JESUS, A. A; ARAÚJO, T. M. Células-tronco em Odontologia. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, v. 12, n. 1, p. 33-40, Maringá, jan./fev. 2007.

 “Células-tronco são definidas como células indiferenciadas com grande capacidade de auto-renovação e de produzir pelo menos um tipo celular altamente especializado. Existem duas categorias de células-tronco: as células-tronco embrionárias pluripotentes e a linhagem de células unipotentes ou multipotentes, denominadas células-tronco adultas, que residem em tecidos diferenciados22.” (p.34)
“A perda dentária e dos tecidos periodontais pode resultar em movimento dos dentes remanescentes, dificuldade na mastigação, fonação, desequilíbrio na musculatura e comprometimento da estética dentária e do sorriso, comprometendo a auto-estima. Atualmente existem diversas terapias para substituição dos órgãos dentários, todas elas baseadas em técnicas não-biológicas e sujeitas a falhas26.” (p.33
“Inúmeros estudos têm isolado células altamente proliferativas, derivadas da polpa dentária3,8,18,19,20,27.Constatou-se que tais células são multipotentes e possuem a capacidade de auto-renovação e de diferenciação em diversos tipos celulares.” (p.34)
“Existem evidências de que células-tronco de dentes decíduos são similares àquelas encontradas no cordão umbilical.” (p.35)
“Os marcadores para as células-tronco são de extrema importância, pois estas células residem em diferentes locais dentro do tecido26. São necessários mais estudos sobre marcadores específicos que possam identificar nichos de células-tronco presentes na polpa dentária in situ e sobre como se dá o desenvolvimento desses nichos9.” (p.35)
“Sabe-se que os fatores de necrose tumoral (TNF) são cruciais na formação das cúspides dos molares29.” (p.37)
“A terapia com células-tronco adultas geralmente é precedida pela compreensão de todas as suas propriedades, o controle de sua proliferação e os fatores que determinam sua diferenciação. A regeneração de um órgão dentário não é simples, pois seu desenvolvimento é determinado por interações complexas e inúmeros fatores de crescimento29 e, ainda, a diferenciação celular está ligada a mudanças morfológicas no decorrer da formação do germe dentário9. Tem sido proposta a utilização de células-tronco adultas em diversas áreas da Odontologia.” (p.37)
“Inúmeros esforços têm sido direcionados para a regeneração periodontal. Laino et al.11 demonstraram a presença de células tronco-adultas no ligamento periodontal, com propriedade clonogênica e alta taxa proliferativa.” (p.38)
“O objetivo da Odontologia conservadora é restaurar ou regenerar os tecidos dentários para manter a vitalidade, a função e a estética do dente. Gronthos et al.8 iniciaram estudos para isolar células-tronco da polpa dentária a partir de terceiros molares humanos impactados.” (p.38)
“É possível que, num futuro próximo, se utilize da bioengenharia na terapia endodôntica e periodontal, apesar de, atualmente, a ciência se encontrar distante de desenvolver órgãos dentários completos a partir de células-tronco, devido aos mecanismos complexos da formação dentária.” (p.39)






2º FICHAMENTO - Portadores de deficiência a questão da inclusão social


MACIEL, M. R. C.

“Hoje, no Brasil, milhares de pessoas com algum tipo de deficiência estão sendo discriminadas nas comunidades em que vivem ou sendo excluídas do mercado de trabalho. O processo de exclusão social de pessoas com deficiência ou alguma necessidade especial é tão antigo quanto à socialização do homem.” (p.1)

“A estrutura das sociedades, desde os seus primórdios, sempre inabilitou os portadores de deficiência, marginalizando-os e privando-os de liberdade. Essas pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, sempre foram alvo de atitudes preconceituosas e ações impiedosas.” (p.1)

“Nos últimos anos, ações isoladas de educadores e de pais têm promovido e implementado a inclusão, nas escolas, de pessoas com algum tipo de deficiência ou necessidade especial, visando resgatar o respeito humano e a dignidade, no sentido de possibilitar o pleno desenvolvimento e o acesso a todos os recursos da sociedade por parte desse segmento.” (p.1)

“Os pais ou responsáveis por portadores de deficiência, por sua vez, também se tornam pessoas com necessidades especiais: eles precisam de orientação e principalmente do acesso a grupos de apoio. Na verdade, são eles que intermediarão a integração ou inclusão de seus filhos junto à comunidade.” (p.3)

“As dificuldades são imensas para sensibilizar executivos de empresas privadas, técnicos de órgãos públicos e educadores sobre essa questão. Um sentimento de omissão aparece, consciente ou inconscientemente, em técnicos, executivos e burocratas, quando necessitam decidir sobre o atendimento às necessidades dos portadores de deficiência.” (p.3)

“O futuro é outra dimensão que também não pode ser esquecida, pois é preciso estar preparado para a rápida evolução tecnológica destes novos tempos, que influencia e modifica o processo educativo e a nossa relação com a construção do conhecimento.” (p.5)

“A prática da desmarginalização de portadores de deficiência deve ser parte integrante de planos nacionais de educação, que objetivem atingir educação para todos. A inclusão social traz no seu bojo a equiparação de oportunidades, a mútua interação de pessoas com e sem deficiência e o pleno acesso aos recursos da sociedade. Cabe lembrar que uma sociedade inclusiva tem o compromisso com as minorias e não apenas com as pessoas portadoras de deficiência.” (p.6)




3º FICHAMENTO- Características Microbianas na Saúde e Doença Periodontal

ETO, F. S; RASLAN, S. A; CORTELLI, J. R. CARACTERÍSTICAS MICROBIANAS NA SAÚDE E DOENÇA PERIODONTAL. Rev. Biociênc., v.9, n.2, p.45-51, Taubaté, abr-jun, 2003.
  
          A placa bacteriana pode ser definida como uma película não calcificada, fortemente aderida às superfícies dentais, constituindo-se de depósitos bacterianos e componentes salivares, com crescimento contínuo. É considerada a principal causa das doenças cárie e periodontal. O objetivo deste artigo  foi avaliar através da revisão de literatura, a participação bacteriana em diferentes condições periodontais. O termo biofilme é usado para denotar uma comunidade microbiana encapsulada em polímero que se acumula em uma superfície,que também protege contra colonização de patógenos exogénos.


          As bactérias que colonizam inicialmente a superfície do dente são predominantemente microrganismos facultativos Gram-positivos, tais como Porphyromonas gingivalis, Eubacterium nodatum, Eubacterium timidum, Eubacterium brachy e Peptostreptococcus anaerobius.Actinomyces viscosus e Streptococcus sanguis. Estes se aderem à película através de adesinas, que interagem com receptores específicos na película dental. Outros mecanismos determinantes da seletividade na colonização da película são estruturas na superfície de certas bactérias como  Actinobacillus viscosus, denominadas fímbrias, que auxiliam na aderência inicial.

          A prevalência e severidade da doença aumentam com a idade, por volta dos 45 anos,  97-100% dos indivíduos apresentam alguma forma de doença periodontal. O aumento da severidade associado à idade é refletido pela perda do osso alveolar.


          A gengivite, inflamação resultante da presença de bactérias localizadas na margem gengival, pode difundir-se por toda a unidade gengival remanescente. As intensidades dos sinais e sintomas clínicos vão variar entre indivíduos e entre sítios numa mesma dentição.

          A periodontite, lesão inflamatória de caráter infeccioso que envolve os tecidos de suporte dos dentes, leva à perda de inserção conjuntiva, osso alveolar e de cemento radicular. Apresenta as mesmas características clínicas da gengivite, acrescendo perda de inserção conjuntiva, presença de bolsa periodontal e perda óssea alveolar.

          Pode-se ter como hipótese que a inflamação gengival iniciada pela placa supragengival pode produzir condições de meio ambiente favorável para a colonização de bactérias Gram-negativas.

          A destruição periodontal é causada por fatores de virulência das bactérias como alguns constituintes microbianos que danificam diretamente os tecidos através da produção de toxinas ou indiretamente através da indução de uma resposta imunopatológica.

          A base da terapia periodontal consiste na remoção da placa bacteriana sobre a superfície dentária, pois é através dela, que as células do epitélio do sulco e epitélio juncional tomam contato com os produtos residuais, enzimas e componentes da superfície das bactérias causando a reação inflamatória e imunológica específica.


4º FICHAMENTO - A importância do uso das células tronco para a saúde pública

           
                          Pereira , L.V

“Células-tronco (CT) podem ser definidas como células com grande capacidade de proliferação e auto-renovação, (ii) capacidade de responder a estímulos externos e dar origem a diferentes linhagens celulares mais especializadas.  Assim, teoricamente, estas células poderiam ser multiplicadas no laboratório e induzidas a formar tipos celulares específicos que, quando transplantados, regenerariam o órgão doente.” (p.8)

“As CTs adultas que mais conhecemos são as presentes na medula óssea, que desde a década de 1950 são utilizadas no tratamento de diferentes doenças que afetam o sistema hematopoiético. Na medula óssea, encontram-se CTs hematopoiéticas, que podem dar origem a todos os diferentes tipos de células do sangue (linfócitos, hemácias, plaquetas, etc.)” (p.8)

“Uma das primeiras indicações de que as CTs da medula óssea poderiam se diferenciar em tecidos diferentes do hematopoiético veio de um estudo com um modelo animal para distrofia muscular de Duchenne, doença muscular degenerativa causada por mutações no gene da distrofina, uma proteína da parede muscular. Animais afetados, ou seja, que não produzem a distrofina, foram submetidos a um transplante de medula óssea de camundongos normais. Além de terem sua medula óssea regenerada pelas células do doador, algumas semanas após o transplante, os animais transplantados apresentaram até 10% das fibras musculares contendo aquela proteína. Isto indicava que células derivadas da medula óssea do doador haviam se incorporado ao músculo dos animais distróficos.” (p.8)

“Neste sentido, uma das áreas mais exploradas tem sido a cardiologia. Estudos pré-clínicos com modelos animais avaliaram a capacidade terapêutica das células da medula óssea no tratamento de infarto do miocárdio induzido”(p.9)
“ainda não está claro se de fato aquelas células estão se transformando em outros tecidos ou se simplesmente estão se fundindo com células daqueles tecidos. Outros trabalhos, ainda, propõem um terceiro mecanismo para o efeito terapêutico das CTs da medula óssea, onde estas estariam secretando fatores que induziriam um processo natural de regeneração do órgão afetado.” (p.9)

“No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer(INCA) foi pioneiro na criação de um bancopúblico de sangue de cordão em 2001. Segundo o site do INCA, hoje a capacidade deste banco é de Pereira, L. V. três mil unidades de sangue de cordão, que deve ser expandida até dez mil amostras.  Em 2004, foi criada pelo Ministério da Saúde uma rede nacional de bancos de sangue de cordão (Rede BrasilCord), composta inicialmente pelo INCA, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hemocentro de Ribeirão Preto e UNICAMP. Segundo o site do HIAE, a Rede BrasilCord tem como objetivo a coleta de vinte mil amostras de sangue de cordão para uso público, o que “atenderá a toda a diversidade genética da população brasileira.” (p.9 e 10)

“Novas fontes de CTs adultas vêm sendo caracterizadas e incluem material lipoaspirado e a polpa do dente de leite.Ainda é cedo para sabermos quais dessas células cumprirão sua promessa terapêutica, mas elas ilustram o quanto ainda temos que aprender sobre os diferentes nichos de CTs no organismo adulto.” (p.10)

“As células da MCI do blastocisto podem ser retiradas do embrião e colocadas em placas de cultura. Em condições apropriadas, elas podem se manter indiferenciadas, se multiplicar indefinidamente no laboratório mantendo seu potencial de contribuir para todos os tipos celulares adulto.” (p.10)

“Elas foram derivadas pela primeiravez em 1981 a partir de embriões de camundongos, e têm como característica principal sua pluripotência. Ou seja, quando re-introduzidas em um embrião, as CTs embrionárias possuem a capacidade de retomar o desenvolvimento normal colonizando diferentes tecidos do embrião –uma demonstração contundente de sua ampla plasticidade.” (p.11)

“as CTs embrionárias são utilizadas como modelo in vitro de desenvolvimento embrionário precoce, o que as torna um poderoso instrumento de pesquisa para o estudo dos mecanismos de diferenciação celular e dos efeitos de substâncias tóxicase biologicamente ativas no desenvolvimento embrionário, entre outros.” (p.11)

“uma série de trabalhos foram realizados no intuito de desenvolver métodos para produzir diferentes tecidos para transplante a partir das CTs embrionárias humanas.  Hoje, somos capazes de transformar estas células em células da medula óssea, pancreáticas, de pele, músculo, cartilagem e neurônios, entre outras. Assim, essas células apresentam um grande potencial em medicina regenerativa, tanto como fonte de tecidos para transplantes quanto como modelo para o estudo do desenvolvimento embrionário humano.” (p.12)

“apesar da enorme expectativa do uso terapêutico destas células, até julho de 2007, não havia nenhum teste clínico com CTs embrionárias em seres humanos em andamento no mundo todo.” (p. 12)

“Uma alternativa seria então criar CTs embrionárias “sob medida”, ou seja, geneticamente idênticas ao paciente. Com as técnicas de clonagem, podemos criar um embrião clonado do paciente e dele extrair as CTs embrionárias. Estas poderiam então gerar tecidos 100% compatíveis com o paciente. Esta técnica chama-se clonagem terapêutica e, apesar de já ter sido realizada em diferentes modelos animais, até julho de 2007 não havia sido feita com sucesso em seres humanos. Além disto, dada a necessidade de um grande número de óvulos para cada clonagem terapêutica, esta estratégia não é promissora como forma de terapia para a população geral. Por isso, novas estratégias deverão ser desenvolvidas para a geração de tecidos imunocompatíveis a partir de CTs embrionárias humanas de forma a viabilizar seu uso terapêutico em larga escala.” (p. 12)

“E enquanto não podemos utilizá-las como agente terapêutico, temos muito a aprender com as CTs embrionárias.” (p.12)

“certas culturas/religiões atribuem ao embrião humano desde o momento da fecundação o status de vida com todos os direitos de uma pessoa já nascida - e por isso a destruição daquele embrião é inaceitável e as CTs embrionárias têm sido tema de grande polêmica no mundo todo: este embrião é uma vida humana ou não?” (P.13)

“A real questão é “que formas de vida humana nós permitiremos perturbar?” A vida humana já é legalmente violada em algumas situações: por exemplo, no Brasil, reconhecemos como morta uma pessoa com morte cerebral, apesar de seu coração ainda bater. Esta é uma decisão arbitrária e pragmática, que nos facilita o transplante de órgãos, e que não é compartilhada por outros povos que só consideram morta aquela pessoa cujos órgãos vitais pararam de funcionar. E no outro extremo da vida humana, durante o desenvolvimento embrionário? Ao proibirmos o aborto, estabelecemos ser inaceitável a destruição de um feto. Por outro lado, se este feto for o resultado de um estupro ou representar risco de vida para a gestante, no Brasil ele passa a ser uma forma de vida humana que pode ser eliminada.” (P.13)

“Em conclusão, pode-se afirmar que as pesquisas com os diferentes tipos de células-tronco devem ser acompanhadas com entusiasmo e cautela. É Pereira, L. V. inerente de toda área de pesquisa em desenvolvimento avanços e retrocessos, e ainda não sabemos quais tipos de células cumprirão a promessa terapêutica e serão as mais adequadas para o tratamento de quais doenças” (P.13 e 14)


5º FICHAMENTO - Antropometria e fatores de risco em recém-nascidos com fendas faciais

CUNHA, E.C.M. ET AL., Rev. Bras. Epidemiol. Vol. 7, Nº 4, 2004

“As fendas orais são anomalias craniofaciais que requerem reabilitação que vai desde intervenção cirúrgica até orientação nutricional, odontológica, fonoaudiológica, médica e psicológica. Sua ocorrência é de aproximadamente 1 em 700 recém-nascidos em todo o mundo, podendo variar de acordo com a área geográfica e a situação socioeconômica.” (p.2)

“No Brasil, nas regiões Sul e Sudeste, estudos apontam para prevalências de fissuras orais em 0,47 por 1.000 nascidos vivos e de 0,48 por 1.000 nascidos vivos. Cândido analisou prontuários de hospitais de Porto Alegre, RS, e encontrou uma prevalência de 0,88 por 1.000 nascidos vivos no período 1970-1974.” (p.2)

“Em Pelotas, as malformações congênitas são a segunda causa de mortalidade em crianças de menos de um ano de idade, a terceira causa de morte em crianças de um a quatro anos e a quarta causa em crianças de cinco a quatorze anos de idade, tendo sido responsável por 16,5% das mortes infantis no município durante o ano de 2001. Este estudo teve por objetivo identificar e comparar características familiares e maternas entre portadores de fendas faciais e recém-nascidos isentos de morbidade na cidade de Pelotas, RS.” (p.3)

6º FICHAMENTO - Análise de DNA em Odontologia Forense

VIEIRA, G. S; TAVARES, C. A. T; BOUCHARDET, F. C. H.

Este artigo demonstra a aplicabilidade do DNA dentro da Odontologia Forense mostrando sua importância. Resume-se a estrutura e a história da molécula de DNA e depois demonstra-se que as análises na odontologia legal ocorrem através da saliva e polpa dentária, além de o DNA também ser extraído de amostras de sangue, urina, esfregaços bucais, osso, fios de cabelo, sêmen, entre outros materiais biológicos, podendo ser encontrado no DNA genômico e no DNA mitocondrial.

Apesar de ser encontrado nos núcleos das células humanas, o DNA genômico não é tão resistente quanto o DNA mitocondrial que é usado para análise de tecidos antigos como ossos, dentes, cabelos e em grandes desastres onde o DNA genômico já não possui condições de análise.

Para se obter o perfil genético através do DNA necessita-se das seguintes etapas: extração, quantificação, amplificação e análise da região estudada. Porém, mesmo para o DNA mitocondrial nem sempre será possível a realização do exame de DNA, devido ao fato das amostras biológicas estarem contaminadas, degradadas ou em quantidades tão pequenas que não possibilitem seu estudo.

O artigo conclui-se mostrando a importância da análise de DNA que contribui nos processos de identificação humana, principalmente quando os demais métodos se tornam inviáveis de serem realizados, além de observar que os odontolegistas quando peritos devem ter também conhecimentos tecnológicos para a análise de DNA.



7º FICHAMENTO - Odontogeriatria: A Importância da autoestima na qualidade de vida do idoso. RELATO DE CASO

 Fiaminghi, D.L. ,Dummel, J. , Padilha,D.M.P. e  Gustavo, R.
    
O crescente aumento da população com mais de 60 anos trás a tona uma preocupação interessante e já bastante discutida: como dar qualidade de vida a essa população da terceira idade?Principalmente relacionando isso com a estética dental na manutenção da autoestima do idoso.É responsabilidade do profissional cirurgião-dentista entender os idosos,suas diferenças ou características próprias,trabalhando neles sem se deixar ser levado por preconceitos culturais e econômicos estereotipados para a classe.Um campo novo em estudo e bastante promissor é a odontologia geriátrica,que é responsável pelos cuidados com a saúde bucal na terceira idade.Tentar dar mais qualidade de vida  aos idosos deve ser uma meta dos governos e da população em geral,assim com ideais construtivas,respeito e admiração pelos idosos pode-se buscar um ambiente mais salubre para terceira idade e não esquecendo de dar ênfase aos profissionais da área de saúde,dentre eles destacando o dentista com um papel chave de melhorar a autoestima e a convívio social,através da manutenção e ou construção de um belo soriso.
     A dignidade nessa fase tão importante é fundamental e isso inclui dar um tratamento de qualidade especializado para o idoso com profissionais capacitados e qualificados para tal função.Dando mais qualidade de vida e respeito ao idoso eles se sentirão mais satisfeitos,ativos e capazes de interagir socialmente e intervir na sua comundade.
      O caso clínico trata de uma idosa de 80 anos que foi reabilitada com uma prótese,isso em um asilo,o grande diferencial da senhora era sua alegria contagiante e enorme vontade de viver,tanto é que ela ainda planeja realizar inúmeros sonhos.Por isso é errôneo considerar que a terceira idade é um grupo homogênio,pelo contrário existem grandes especifidades nos idosos e isso deve ser levado em conta na hora dos tratamentos.




8º FICHAMENTO - Uso de serviços odontológicos por pacientes com síndrome de Down

Rev. Saúde Pública vol.42 no.4 São Paulo Aug. 2008

  A saúde bucal representa um aspecto importante para a inclusão social de pessoas com deficiência. Raramente as doenças bucais e as malformações orofaciais acarretam risco de morte, entretanto, causam quadros de dor, infecções, complicações respiratórias e problemas mastigatórios. Do ponto de vista estético, características como mau hálito, dentes mal posicionados, traumatismos, sangramento gengival, hábito de ficar com a boca aberta e ato de babar podem mobilizar sentimentos de compaixão, repulsa e/ou preconceito, acentuando atitudes de rejeição social.
  A saúde bucal ainda é vista com baixa prioridade quando comparada aos cuidados médicos dedicados ao indivíduo acometido pela síndrome. Sempre deixam os problemas bucais em segundo plano. Existe varias associada estatisticamente com a atenção odontológica das crianças e adolescentes com síndrome de Down, existe um grande problema com a higiene bucal dessas pessoas. Algumas crianças já foram ao menos uma vez ao dentista. Mais não tem a atenção necessária.
  A atenção odontológica recebida pelas crianças e adolescentes com síndrome de Down esta sendo influenciada, além da idade, pela postura dos profissionais que as assistem, mostrando a importância desses cuidados com a prática de atendimento integral.


9º FICHAMENTO - O papel da Radiologia em Odontologia Legal


GRUBER, J.; KAMEYAMA, M. M. O Pesqui Odontol Bras, v. 15, n. 3, p. 263-268, jul./set.2001.

“Métodos rotineiros de identificação incluem reconhecimento visual de vestimentas, de objetos pessoais, de impressões digitais, análises de DNA, bem como investigação médica, esquelética, sorológica, de cabelos e de dentes. Outros métodos envolvem impressões labiais e análises específicas de peculiaridades morfológicas da dentição. Na maioria dos casos em que os corpos se encontram decompostos, esqueletizados, fragmentados, queimados ou mutilados por qualquer outra razão, é extremamente comum a dentição estar intacta e fornecer informações preciosas para o processo de identificação. Isto é particularmente verdadeiro no caso de vítimas de incêndios e de desastres em massa. Assim, apesar da grande abundância de técnicas possíveis, as utilizadas em Odontologia Legal são extremamente valiosas para este propósito.” (p.1)

“Historicamente, a aplicação da radiologia em ciência forense foi introduzida em 1896, apenas um ano após a descoberta dos raios X por Roentgen, para demonstrar a presença de balas de chumbo na cabeça de uma vítima. SCHÜLLER (1921) propôs a possibilidade de se utilizar imagens radiológicas dos seios faciais para fins de identificação. Após essa publicação, muitas outras surgiram; finalmente, em 1927, CULBERT; LAW relataram a primeira identificação raiológica completa. SINGLETON (1951) empregou essa técnica num trabalho de identificação de corpos de um desastre em massa. Desde então, cirurgiões-dentistas com treinamento especial e experiência em Odontologia Forense têm sido freqüentemente requisitados para colaborar no processo de identificação de corpos individuais e de desastres em massa.” (p.2)

“A obtenção de radiografias intra-orais de boa qualidade em pacientes vivos, em geral, não apresenta grandes dificuldades. Entretanto, quando este tipo de radiografia deve ser feito em dentições de pessoas falecidas, cujos tecidos moles perderam a elasticidade ou se tornaram rígidos (rigor mortis), a inserção do filme, bem como sua retenção na posição correta entre a língua e a superfície lingual dos dentes, oferece, freqüentemente, algumas dificuldades. Particularmente complicada torna-se esta operação em corpos parcial ou totalmente carbonizados, devido à natureza extremamente frágil dos restos dentais. O uso de força para a introdução do filme pode acarretar a destruição da dentição, com perda subseqüente de informações cruciais.” (p.2)

“O método clássico de determinação da idade de um indivíduo pela velocidade de racemização do ácido aspártico contido em ossos foi aplicado inclusive em Odontologia Legal, por meio da medição dos teores das duas formas enantioméricas deste aminoácido na dentina15. No entanto, quase 20 anos depois, estudos mostraram que os resultados são influenciados pelo pH do meio, umidade e outros fatores ambientais, podendo levar a valores errôneos.” (p.3)


10º FICHAMENTO - Influência de fatores genéticos na etiopatogênese da doença periodontal.

KIM, YJ; VIANA, AC; SCAREL-CAMINAGA, RM.

 Uma boa forma de avaliar os aspectos genéticos da DP (doença periodontal) é por meio de estudos realizados com gêmeos. O presente estudo mostrou que, conforme as pesquisas com gêmeos e com famílias, há indícios da influência genética na etiopatogênese da DP. No entanto, os mecanismos não foram esclarecidos. Crê-se que, no futuro, com a progressão do conhecimento de polimorfismos genéticos e suas freqüências em vastas populações de diferentes raças, os estudos que investiguem a relação entre polimorfismos e doenças terão avanços na qualidade e na aplicação dos seus resultados.
Identificar populações mais suscetíveis a determinadas doenças contribuiria na criação de políticas de saúde pública, no sentido preventivo.
 Na DP é importante a identificação do maior número possível de polimorfismos genéticos e suas incidências. Futuramente, com o conhecimento das freqüências dos alelos responsáveis pela ocorrência nas populações, é que um determinado polimorfismo poderá ser utilizado como marcador genético da DP. Assim, poderia ser confeccionado um “kit”, talvez adaptado para a população em questão, para detectar indivíduos com genótipo de alto risco para a doença, auxiliando também no prognóstico da DP. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário